Eu estava dentro de um carro,
Correndo em uma estrada escura,
O som da nossa musica era, mas alto que nossos pensamentos,
Eu não sabia para onde estávamos indo,
Mais sabia onde não queríamos ir.
Aquela rodovia parecia deserta,
Eu escutava o ronco do motor e o brilho no seu sorriso.
Não existia vida além daquele carro, daquele sorriso e daquela musica.
Às vezes eu precisava viver coisas diferentes,
Isso me fascinava,
E isso, era contra todas as coisas que já tinha pregado.
Talvez isso fosse o que mais me encanta-se
A noite parecia a cada Km mais escura, uma neblina começou a aparecer.
Se eu pudesse ver o carro pelo lado de fora com certeza teria a impressão de estar entrando naquela neblina.
Em volta da rua parecia ter um parque florestal, eu nunca tinha visto tantas árvores juntas.
Eu gostava daquilo, gostava de olhar e ver o fim.
O horizonte me agradava, mas hoje eu queria ver, queria sentir, queria ser.
Você abaixou o som e me olhou,
-Já sabe onde estamos indo?
-Não.
-Você sempre foi péssima para conhecer caminhos.
-É eu sei.
Mesmo eu perguntando ele não me disse aonde íamos, ele queria que eu visse.
Ele entrou em alguma estrada de pedra entre as arvores,
E depois de alguns mitos o farol do carro mostrou uma cabana.
Na verdade, era varias casas de madeira abandonadas,
Parecia uma cidade deserta.
Ele parou na que parecia estar em melhor estado,
Ali acendemos uma fogueira,
Pegamos o violão, cobertor e ficamos ali.
Sendo consumidos pela neblina, sendo consumidos pelo nosso pecado.
0 comentários:
Postar um comentário