As flores




Finalmente o frio havia chego, a nevoa estava tomando conta daquela cidade, mesmo assim, podia ver as luzes amarelas nos postes e sentir alguns pingos da chuva que havia terminado à pouco tempo.
        Aquela cidade me encantava, sua arquitetura era fascinante e com o vento frio tudo se encaixava.
        Via algumas pessoas em seus carros, outras andando rápido pela rua tentando escapar do vento gelado, mas era inútil o inverno realmente havia chego.
        Sentia saudade da minha casa, dos meus amigos e sentia falta de alguém que não conhecia, de alguém que não conseguia imaginar como era.
        Encontrei uma cafeteria aberta e resolvi tomar algo quente, a maioria das pessoas conversava baixo era quase impossível entender sobre o que estavam falando, mas pareciam felizes ou em um estado normal. Dava para ver a fumaça saindo dos seus copos e muitos ainda estavam com o rosto vermelho.
        Foi quando a chuva começou mais uma vez.
        Vi um casal saindo da cafeteria, ela estava com um casaco vermelho, com uma touca e segurando um lindo buquê de flores, e ele com um suéter xadrez, pareciam ter saído de alguma revista porque era incrível a maneira como eles combinavam.
        Quando a chuva começou a cair sobre eles, instantaneamente um sorriu para o outro, como se aquilo fosse uma piada.
        Ele pegou a mão dela e começou a correr, ela tentava desviar das poças e acompanhá-lo, em meio a toda pressa ele conseguiu chamar a atenção do taxista.
        Eles entraram e pude ver quando ele a beijou, depois só consegui ver o taxi indo embora e a chuva batendo no vidro da cafeteria mostrando agora uma rua solitária e sem brilho nenhum, nem as luzes amarelas, nem as gotas da chuva... nada conseguiu prender minha atenção como aqueles dois.
        Fiquei pensando no porque, fiquei tentando entender porque aquilo era tão importante. Lembrei das flores e do sorriso dela, lembrei de como os dois pareciam se completar e se amar.
        Depois disso, sem perceber estava torcendo para que eles não fossem como aquelas flores, porque logo elas iriam morrer e precisariam ser jogadas fora, torci então para que o amor deles fosse como uma árvore que mesmo perdendo suas flores e folhas no outono e passando um inverno seca no verão e na primavera ela volta a ser linda e florida.
        Na vida sempre teremos problemas, nunca viveremos algo perfeito e sem lutas, mas precisamos aprender a ter esperança e lembrar que logo as lutas se tornaram flores. 

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