Grades


Carros passam, ventos tocam as arvores, o sol tenta se esconde.
Olhando pelas grades vejo um mundo lá fora, um mundo diferente de tudo o que já vi,
Um mundo onde coisas são bonitas, pessoas se amam, sonhos acontecem. Um mundo sem dor.
Vejo um senhor andando com uma velhinha ao lado, sinto uma ternura que nunca vi antes.
Tento abrir as grades e fugir, eu tento correr para longe da prisão e poder começar a viver algum sonho lá fora, mas não consigo encontrar a saída, por mais que eu tente continuo presa.
Alguém passa na rua e vê minha aflição.
Ele para sorri para mim é como se o mesmo sol que sumiu há alguns minutos voltasse e clareasse meu dia.
É como se a chance de ser livre estivesse na minha frente, como se o dono daquele sorriso pudesse me libertar.
Ali paralisada olhando entre as grades aquela pessoa, estava aflita para poder sair logo.
Era a minha chance de voar, sonhar, viver...
Então ele abriu a grade e quando eu fui sair... Não tive coragem.
Voltei e continuei no mesmo lugar.
Descobri que o problema não eram as grades que me prendiam,
Mas era o medo que não me deixava sair.

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